quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A lealdade é tudo

Ontem recebi uma sms que dizia assim: "Olá! Tudo bem? E que tal um jantar amanhã em Coimbra? beijinhos"

Até aqui tudo normal. Mas eu não estaria aqui a escrever-vos se o rementente da sms não fosse a S. E quem é a S.?

Então, a S. foi uma amiga dos tempos de faculdade. E, digo foi porque para mim não passa de uma estranha. Eu podia fazer de conta que está tudo como sempre, e até ia jantar com ela e estava tudo muito bem. Mas não, a minha resposta foi negativa e ausência de resposta dela mostra em que ponto a nossa "amizade" está.

A S. é uma mulher bonita, com capacidade para ter sucesso profissional, saúde, tinha amigos, tudo. Mas atrelada a ela tinha um namorado. Um trambolho para ser mais exacta.

A meio do curso resolveu ir viver com o namorado e depender financeiramente dele. Isto nunca correu bem e não era com ela que ia correr. Eu avisei. Mas pronto, mais vale aprender tarde do que nunca.

Chegamos a um ponto em que todos os dias nos batia à porta banhada em lágrimas que estava farta, que não aguentava mais. Histórias do arco da velha, que não vale a pena contar aqui.

Um dia cansada de a ouvir disse-lhe: De que estás à espera para sair de casa?

Ela lá saiu. Passou dois meses a viver em nossa casa.

Entretanto, um dia aparece lá em casa com o trambolho. Não tem coragem para dizer que voltaram a namorar, e aparece com ele lá em casa como se nada se tivesse passado.

Isto para mim é uma tremenda falta de respeito e de lealdade. Eu não consigo relacionar-me com pessoas assim. Quando me faltam ao respeito, quando não são capazes de assumir o que fazem eu corto o mal pela raíz. Limito-me ao essencial. Essa pessoa não passa de um conhecido e raramente isto tem volta.

A questão aqui não é ela ter voltado a namorar com ele. porque isso não me diz respeito. Quem sofre é ela, quem deixa de ser feliz é ela. A questão aqui é eu servir para o mau e não servir para o "bom". No meio disto tudo só sinto pena dela. Porque perdeu amigos, perde todos os dias uma oportunidade de ser feliz.
Um dia se voltar a precisar de mim, eu não vou lá estar. Comigo faltem-me com tudo, menos com a lealdade.

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