sábado, 17 de julho de 2010



" Há várias semanas que estamos assim os dois separados, cada um para o seu lado, tu deitado na tua cama ou em camas de hotéis, quem sabe, a desejar secretamente o meu corpo em cima do teu, ou a tentar esquecê-lo, e eu a lamber o sal que me escorre pela cara, a agonizar, literalmente a a agonizar de saudades tuas, com saudades da tua voz que me embala, da tua mão a aconchegar-me os lençóis junto ao pescoço, com o mesmo cuidado e carinho com que me davas a mão ou entravas dentro de mim e me agarravas como se fosse tua. E era, sempre fui tua. Só que tu não acreditavas, ou não acreditaste que fosse possível. "

MRP

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